Apresentação

O Instituto Alfa e Beto comemora dez anos. Nossa missão é qualificar o debate sobre educação, fornecendo dados e produzindo evidências sobre o que faz a diferença; estimular a entrada de novos atores no debate, especialmente, lideranças do setor produtivo, imprensa e intelectuais; e informar os tomadores de decisão sobre as evidências e as melhores práticas a respeito de políticas, projetos e intervenções.

No século XXI, a educação tornou-se mais relevante para o futuro das nações. O capital humano transformou-se no recurso mais valioso para o desenvolvimento econômico, o que é refletido pela qualidade geral da educação e, especialmente, pela qualidade das elites intelectuais de um país. O caráter moral também conta: a crise política em que o Brasil se encontra sinaliza que o país começa a entender que a função da educação e sua inerente missão de transmitir a cultura envolvem, além da formação intelectual, a formação do caráter. Parte disso se faz com uma boa escola, pois a escola só é boa quando é boa para todos.

Face ao cenário internacional, o desafio da educação tornou-se ainda maior. Para se tornar um ator relevante no panorama internacional e deixar de ser um mero exportador de matérias-primas, o Brasil precisa superar os atrasos do passado e acertar o passo para enfrentar os desafios do futuro. Para isso precisa vencer as batalhas da eficiência, da equidade e da qualidade na educação. Dada a extensão e a gravidade do problema educacional, acreditamos que só uma mobilização vigorosa do setor produtivo e das elites brasileiras será capaz de assegurar as devidas condições para provocar e sustentar o esforço das reformas educacionais que são necessárias.

Para vencer estes desafios da educação brasileira o Instituto Alfa e Beto contribui com a elaboração do seu Relatório comemorativo. Este relatório organiza-se em três partes. Na primeira parte, traçamos um breve panorama das mudanças que ocorrem no mundo, seu impacto na educação e suas implicações para o Brasil. Na segunda, apresentamos uma cronologia das principais realizações e contribuições do Instituto Alfa e Beto. Na terceira, com base nas reflexões das duas partes anteriores, lançamos nosso olhar para o futuro, apresentando nossas novas estratégias.

No plano das práticas, reestruturamos e reorganizamos nossa experiência e lançamos novos produtos, inclusive digitais, os quais colocamos à disposição das redes públicas de ensino interessadas em usar a experiência e o conhecimento sobre o que funciona em educação para dar saltos de qualidade. No plano das ideias, criamos o IDados – uma instituição voltada para produzir informação de forma inteligente e, assim, provocar um debate mais bem fundamentado e inteligente sobre a educação.

Ao comemorar os nossos dez anos de vida, o Instituto Alfa e Beto se renova para o futuro.

Junte-se a nós!

Desafios da Educação

A seguir, analisamos três megatendências globais que criam desafios para a educação e propomos respostas locais para lidar com os mesmos.

A globalização e a internacionalização do mundo do trabalho vêm conformando novas realidades e desafios que podem ser agrupados em três megatendências: novas formas de relacionamento, novas tecnologias e novos modelos institucionais.

As novas formas de relacionamento são baseadas nas expectativas dos indivíduos que esperam aprender, trabalhar, socializar-se e divertir-se em diferentes momentos e ambientes, e, por vezes, sem barreiras rígidas entre essas atividades e momentos. As novas tecnologias afetam as formas de aprendizagem, comunicação e utilização das informações para se produzir conhecimento. Os novos modelos institucionais introduzem alterações profundas nas regras de trabalho, profissões, direitos de propriedade e privacidade – e portanto, exigem mudanças e adaptações profundas nas instituições e pessoas.

Essas megatendências apresentam novos desafios globais que requerem respostas locais dos sistemas educacionais O ritmo das mudanças e as incertezas, por sua vez, requerem uma formação que assegure habilidades e competências para que os indivíduos as enfrentem com segurança e confiança.

Desafios globais e respostas locais

As megatendências apontadas acima requerem profundas transformações nos sistemas educacionais e na concepção e no modo de funcionamento das escolas, trazendo três novos desafios.

Assegurar conhecimentos e habilidades para o século XXI

“O mundo do trabalho do século XXI irá favorecer os indivíduos com flexibilidade intelectual, fortes habilidades para resolver problemas, resiliência emocional e capacidade de trabalhar de forma harmônica e produtiva com outros, em um ambiente de contínua mudança e economicamente competitivo.” (Knudsen; Heckman; Cameron; Shonkoff, 2006, p. 10161)

Esse desafio requer uma profunda mudança nas políticas e práticas da educação brasileira. Tratamos desse tema no livro Repensando a educação brasileira: o que fazer para transformar nossas escolas, cujas conclusões resumimos abaixo:

Do ponto de vista institucional

  • Desenvolver e fortalecer as instituições básicas de educação em um país federativo, a saber:
    • Currículo de padrão internacional.
    • Política para atrair e manter no magistério alunos situados entre os trinta por cento de melhor desempenho no ensino médio.
    • Sistemas de avaliação em nível nacional e local associados a instrumentos eficazes de melhoria.
    • Clareza quanto ao papel da escola e mecanismos adequados de organização, financiamento e gestão, incorporando os avanços tecnológicos.

Do ponto de vista programático:

  • Políticas de primeira infância flexíveis, focadas na família e com mecanismos alternativos de provisão e financiamento, com a superação do modelo exclusivo de creches.
  • Educação infantil e ensino fundamental municipalizados.
  • Ensino médio diversificado e com responsabilidade compartilhada entre governos estaduais e setor produtivo.
  • Ensino superior dotado de mecanismos institucionais diversificados e ampla concorrência, com mecanismos de acesso e financiamento que assegurem, ao mesmo tempo, a equidade e promovam a meritocracia.
  • Incentivos à integração da educação com o setor produtivo, especialmente no treinamento de jovens (primeiro emprego), na internacionalização e na mobilidade de talentos.

Assegurar a competitividade do capital humano com o estoque existente nos países com os quais interagimos

As evidências sobre o impacto do capital humano na produtividade das economias não param de aumentar. O conhecimento sobre como esse capital opera na economia, também, vem se tornando cada vez mais sofisticado.

Três grandes contribuições marcam o avanço desse conhecimento nas últimas décadas.

Habilidades geram habilidades. A comprovação empírica dessa máxima levou James Heckman a conquistar o Prêmio Nobel de Economia. O investimento sólido nas crianças, no pré-natal e nos primeiros anos de vida constitui-se no alicerce mais rentável que uma nação pode fazer – muito mais rentável do que qualquer investimento físico ou de capital. Há, porém, três detalhes importantes: primeiro, a qualidade das intervenções é crucial, o que requer políticas bem calibradas, diversificadas e avaliadas; segundo, essas intervenções de qualidade precisam ser continuadas e, especialmente, para as populações mais vulneráveis; e terceiro, as intervenções devem incorporar tanto as habilidades acadêmicas quanto as habilidades socioemocionais.

O gradiente de crescimento econômico está fortemente associado com a qualidade da educação medida por testes internacionais, como o Pisa. Hanushek e Woesmann (2008) demonstraram que cada desvio padrão (100 pontos) de diferença no Pisa corresponde a um aumento de um por cento no PIB de um país. Esse dado revela que o número de anos de escolaridade deixou de ser um indicador confiável, o que mais importa é a qualidade.

A qualidade das elites, que pode ser mensurada pelo nível de desempenho atingido pelos cinco por cento melhores estudantes em testes como o Pisa –, está fortemente associada a fatores que promovem o capitalismo, a prosperidade e os fatores que contribuem para desenvolver uma sociedade democrática, com instituições que favorecem a livre iniciativa, a criatividade e o desenvolvimento econômico.

O Brasil beneficiar-se-ia de políticas eficazes para identificar e promover a meritocracia e assegurar trajetórias diferenciadas para alunos de elevado desempenho, independentemente de sua origem social e seu nível socioeconômico. Políticas específicas, dentro do marco de referência indicado no Desafio 1, poderiam incluir:

  • Mecanismos de identificação precoce de talentos em todos os tipos e níveis, associados a mecanismos de apoio às trajetórias escolares diferenciadas para esses indivíduos.
  • Mudança radical no sistema de financiamento do ensino superior no sentido de:
    • Concentrar a oferta de vagas para alunos situados entre os trinta por cento melhores de sua geração e o mais próximo possível dos padrões internacionais.
    • Associar parte do financiamento ao número de graduados no tempo esperado.
    • Criar mecanismos de financiamento para a subsistência de alunos carentes que se qualificarem para o ensino superior em universidades públicas e privadas de um determinado padrão.
  • Integração das habilidades não-cognitivas nos currículos, o que, por sua vez, requer uma profunda revisão das propostas pedagógicas, na gestão escolar e nas condutas dos professores (Whitehurst, 2016)

Realizar mudanças profundas, em um curto espaço de tempo, para não sacrificar ainda mais as gerações passadas, presentes e futuras

O mundo da educação experimentou quatro modelos ou ondas de reformas.

O primeiro é o modelo de desenvolvimento gradual, típico dos países da Europa Central e da América do Norte: a educação de massa começou em torno da Revolução Industrial, cresceu progressivamente e desenvolveu instituições e mecanismos de autoaperfeiçoamento. O Japão é um caso intermediário, a grande reforma iniciada pela Revolução Meiji foi redirecionada com a intervenção norte-americana do pós-guerra. Nesses países a educação nunca foi ruim nem dramaticamente desigual. Apesar das diferenças culturais que se refletem nos sistemas educativos, poucos países desse bloco situam-se muito longe das médias dos seus similares em provas internacionais.

O segundo modelo é típico dos países asiáticos que se industrializaram a partir do pós-guerra e que promoveram profundas e rápidas transformações em seus sistemas educacionais. Os exemplos mais emblemáticos são Coreia do Sul e Cingapura. É caracterizado pelo crescimento rápido e progressivo, com reformas sucessivas apoiadas nas conquistas de reformas anteriores. A seu modo, Cuba, embora não tenha participado nem da segunda nem da terceira Revolução Industrial, também promoveu uma reforma educacional conservadora nos anos 60, que vem apresentando bons resultados.

O terceiro modelo é de países que nunca foram muito ruins ou até foram razoáveis, mas que, por força da globalização e das ações da comunidade europeia, promoveram mudanças significativas em seus sistemas educacionais. Os exemplos mais marcantes de sucesso são Irlanda e Finlândia, a primeira, com medidas mais convencionais, a segunda, avançando inicialmente com a adoção de medidas convencionais e depois ousando a partir dos primeiros sucessos.

O quarto modelo é típico de países que nunca tiveram educação de qualidade para todos e que vêm tentando aprimorar seus sistemas educativos, a partir dos anos 80. Entre estes situam-se Chile, México, Polônia e tantos outros. O segredo do sucesso, nesses países, reside em adotar inovações já implementadas em outros países, mas que são adequadas ao nível de desenvolvimento institucional de cada país, ou seja, não há como queimar etapas.

A título de exemplos, apresentamos a seguir fontes de inspiração que ajudariam o Brasil a pensar em reformas educativas de longo alcance.

  • Investimentos crescentes em políticas diferenciadas para a Primeira Infância.
    • A série de publicações Starting Strong (I, II, III e IV) ilustra que as políticas dos países da OCDE para a Primeira Infância possuem duas características básicas: (1) são políticas voltadas para as famílias; e (2) são políticas que contemplam formas alternativas de atendimento pelos pais, por instituições ou mistos.
    • Nos Estados Unidos – um país de enormes desigualdades sociais – há duas tendências mais marcantes. De um lado, a proliferação de programas governamentais (como o Head Start) ou não governamentais para atender famílias e crianças fora da idade escolar obrigatória (quatro anos). De outro, a intensificação de pesquisas a respeito de estratégias eficazes de intervenção, tais como programas de visitação familiar, leitura e formas de interação entre adultos e crianças.
  • Participação cada vez maior dos países em testes padronizados internacionais, como o PIRLS, TIMMS e Pisa. Os resultados desses testes são usados para promover reformas educacionais.
    • O PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study) avalia alunos do 5o ano do ensino fundamental em competências de leitura. Atualmente, participam desse teste cerca de 54 países.
    • O TIMMS (Trends in International Mathematics and Science Study) avalia nos alunos as competências e os conhecimentos de matemática e de ciências. Participam desse teste cerca de 54 países.
    • O Pisa (Programme for International Student Assessment) avalia o que se consideram as competências necessárias para o cidadão do século XX: escolher entre um ingresso direto no mercado de trabalho, fazer uma formação profissional ou engajar-se nos estudos. Participam do teste cerca de 65 países.
  • Revisão curricular alinhada com as exigências do século XXI, ancoradas nas tradições de cada país e balizadas pelos testes internacionais.
    • Praticamente todos os países da OCDE têm realizado revisões mais ou menos profundas em seus programas de ensino, tendo como ponto de partida os resultados nos testes internacionais e como objetivo o alinhamento dos currículos aos desafios do século XXI.
    • Apesar de enormes diferenças nos detalhes dos vários programas, há dois pontos em comum nas várias reformas. A primeira é ênfase nos programas de ensino da língua e do chamado grupo STEM –acrônimo para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Uma tendência mais recente no STEM é a de agregar o conceito de Artes Liberais no conjunto de habilitações relevantes para o desenvolvimento econômico e social. A segunda é a diversificação de opções no ensino médio, sendo o caso mais radical o da Finlândia.
  • Uso crescente de evidências científicas (educação baseada em evidências) para fundamentar reformas educativas de nível macro ou micro.
    • No fim do século passado, diversos países, especialmente os de língua inglesa, reviram suas estratégias de alfabetização de crianças, tendo em vista o acúmulo de evidências a respeito da superioridade dos métodos fônicos.
    • No Reino Unido, as reformas educativas são sempre precedidas de relatórios produzidos por eminentes intelectuais, que não apenas fazem uma revisão da literatura e dos dados disponíveis, como conduzem enquetes e entrevistas com especialistas e atores relevantes e, com base nisso, produzem suas recomendações.
    • A reforma educativa da Província de Western Ontario, no Canadá, é uma das reformas mais compreensivas de um sistema educativo e teve suas propostas fundamentadas em sólidas evidências.
  • Busca de novas estratégias com o fim de atrair talentos para o magistério e de melhoria na preparação dos futuros professores.
    • Na maioria dos países da OCDE, os candidatos a cursos e carreiras de magistério situam-se no mesmo nível de desempenho de outros profissionais que têm acesso ao ensino superior, ou seja, no mínimo dentre os cinquenta por cento melhores, tipicamente nos trinta por cento melhores e, em alguns países, entre os cinco por cento melhores do ensino médio.
    • Diversos países, notadamente Cingapura, Austrália, Coreia do Sul e vários estados dos Estados Unidos, vêm revendo profundamente a concepção de seus cursos de formação de professores e a tendência comum é fortalecer o domínio dos conteúdos associado com o uso de técnicas eficazes de ensino. Nos Estados Unidos, em particular, também há iniciativas menos convencionais como o Teach for America, cujo impacto tem sido considerado como bastante positivo.
  • Uso crescente de incentivos para promover a eficiência, por exemplo, por meio de sistemas de competição entre escolas, incentivos financeiros para alunos, professores ou gestores e produção de pesquisas e inovações pelo setor produtivo.
    • De acordo com os dados da OCDE, mais de setenta por cento das escolas públicas dos países da OCDE competem por seus alunos.
    • Países como Chile e Estados Unidos desenvolvem e testam diferentes modelos de financiamento e escolha de escolas.
    • Sistemas de incentivos para alunos, professores e gestores vêm sendo desenvolvidos com o intuito de promover maior eficiência em diferentes sistemas escolares, com diferentes graus de sucesso.
  • Internacionalização da educação, especialmente via intercâmbio de alunos, professores e cientistas.
    • A partir dos esforços da Comunidade Europeia, iniciativas como as do projeto Erasmus têm promovido o intercâmbio de alunos e professores universitários, com a crescente internacionalização do ensino superior.
    • No âmbito da Comunidade Europeia, professores e pesquisadores circulam livremente entre os países, sem qualquer barreira de entrada decorrente de seu país de origem.
    • Enquanto isso, no Brasil continua sendo um desafio o reconhecimento de diplomas estrangeiros e absurdas as exigências para participação de estrangeiros em concursos para carreiras científicas e do magistério.
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Retrospectiva: 10 Anos do Instituto Alfa e Beto

Em sua primeira década, o Instituto Alfa e Beto orientou-se por dois grandes princípios. O primeiro deles foi o de promover e contribuir para elevar o debate em torno de temas relevantes para o desenvolvimento da educação, com base em evidências. Essa atuação se dá por meio de Seminários, Publicações, presença na Mídia, Pesquisas e Avaliações, e do Prêmio Prefeito Nota 10.

O segundo princípio foi o de desenvolver intervenções de impacto comprovado junto às redes públicas de ensino. Essa atuação se dá por meio do desenvolvimento e implementação de programas de ensino estruturado voltados para redes públicas de ensino e estratégias de intervenção para a Primeira Infância.

Diante desses dois pilares de atuação, sintetizamos e documentamos abaixo nossa trajetória nos temas mais relevantes de nossa atuação.

Alfabetização de crianças

Com base nas evidências, o Instituto Alfa e Beto defende e atua para:

  • Que todas as crianças sejam alfabetizadas na escola aos seis anos de idade, ou seja, no 1o ano do ensino fundamental.
  • Que sejam usados métodos comprovadamente eficazes para alfabetizar (método fônico) e instrumentos adequados para desenvolver fluência de leitura.
  • Que os currículos e a avaliação da alfabetização sejam definidos a partir dos fundamentos da Ciência Cognitiva da Leitura.

Ao longo de sua existência, o Instituto Alfa e Beto colaborou para introduzir o tema na agenda pública do país; desenvolveu, testou e avaliou intervenções de sucesso como os Programas Alfa e Beto de Alfabetização e Alfa e Beto Pré-escola; e colaborou com a imprensa na disseminação de conhecimento sobre alfabetização. Confira ao lado essas contribuições.

 

Clique abaixo e confira as nossas principais contribuições.

Primeira Infância

Com base nas evidências, o Instituto Alfa e Beto defende e atua para:

  • Que as políticas de Primeira Infância tenham foco na família, desde o pré-natal.
  • Que haja mecanismos de financiamento para tipos diferentes de intervenção, sem o monopólio do modelo de creches.
  • Que a legislação sobre creches seja mais flexível, mais focada em assegurar os interesses da criança e menos focada em questões corporativas.
  • Que os programas sociais, inclusive licenças maternidade e paternidade, estabeleçam condicionalidade para assegurar a capacitação dos pais em programas comprovadamente eficazes de parentalidade.
  • Que o currículo da educação infantil incorpore as evidências científicas sobre o que mais ajuda no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças.

Ao longo de sua existência, o Instituto Alfa e Beto colaborou para introduzir o tema na agenda pública do país; introduziu conceitos e instrumentos sobre leitura desde o berço; implementou projetos de formas alternativas de atendimento em larga escala com parcerias importantes em Petrolina (PE) e Boa Vista (RR); lançou um portal de referencia sobre Primeira Infância; desenvolveu instrumentos e modelos de intervenção em Educação Infantil; e colaborou com a imprensa na disseminação de conhecimento sobre alfabetização. Confira ao lado essas contribuições.

 

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Currículo

Com base nas evidências, o Instituto Alfa e Beto defende e atua para:

  • A imperiosa necessidade de um currículo mínimo para todos os níveis de ensino.
  • Um currículo nacional baseado em princípios sólidos e nas melhores práticas de ensino e aprendizagem.
  • Um currículo que contemple a diversificação do ensino médio.
  • Um documento elaborado por profissionais de reconhecidas competências científica e técnica, revisto por profissionais de reconhecida competência e experiência de campo.
  • A implementação do currículo nacional de forma progressiva e articulada com políticas de formação e treinamento de professores, livros didáticos e avaliação de alunos e docentes.
  • A participação do setor produtivo, especialmente do Sistema S, no financiamento e gestão do Ensino Médio.
  • A criação de incentivos para a implementação de novas políticas de Ensino Médio pelas redes estaduais de ensino, com a concomitante municipalização do ensino fundamental.

Ao longo de sua existência, o Instituto Alfa e Beto colaborou para introduzir o tema na agenda pública do país por meio de participação em Seminários e eventos, além da publicação de diversos artigos sobre o tema na imprensa. Confira ao lado essas contribuições.

 

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Ensino Estruturado

Com base nas evidências, o Instituto Alfa e Beto defende e atua pela:

  • Adoção de estratégias validadas de ensino estruturado.
  • Implementação de Programas de Ensino Estruturado para a Pré-escola e séries iniciais do Ensino Fundamental.

Ao longo de sua existência, o Instituto Alfa e Beto desenvolveu soluções educacionais de alto impacto orientadas pelos princípios do Ensino Estruturado que, comprovadamente, é o instrumento mais eficaz para promover a aprendizagem dos alunos. Confira ao lado essas contribuições.

 

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Ensino Médio diversificado

Com base no desempenho dos alunos no ensino médio, as elevadas taxas de reprovação e abandono e consistente com as melhores práticas, o Instituto Alfa e Beto defende:

  • A necessidade de diversificar o Ensino Médio, com vertentes acadêmicas e profissionais diferentes do modelo de ensino médio preconizado pelo MEC.
  • A necessidade de promover profundas mudanças no ENEM, consistentes com as mudanças no Ensino Médio.
  • A participação do setor produtivo, especialmente do Sistema S, no financiamento e gestão do Ensino Médio.
  • A criação de incentivos para a implementação de novas políticas de Ensino Médio pelas redes estaduais de ensino, com a concomitante municipalização do ensino fundamental.

Ao longo de sua existência, o Instituto Alfa e Beto colaborou para introduzir o tema na agenda pública do país por meio de participação em Seminários e eventos, além da publicação de diversos artigos sobre o tema na imprensa. Confira ao lado essas contribuições.

 

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Federalismo

Com base na Constituição Federal, na experiência federalista e nas melhores práticas de outros países, o Instituto Alfa e Beto defende:

  • A aplicação dos dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) que preveem a responsabilidade municipal pelo ensino infantil e fundamental.
  • A redução do papel do governo federal, que deve se concentrar na formulação de políticas e regulação da educação.
  • A limitação do uso de recursos federais voluntários apenas para incentivar propostas de resultados e propostas de inovação educacional, baseadas em evidências científicas robustas.
  • Que o foco dos sistemas de incentivo, do debate e da mídia se concentre no desempenho global das redes de ensino e não no desempenho individual de escolas ou alunos.

Em 2012, o Instituto Alfa e Beto instituiu o Prêmio Prefeito Nota 10 como mecanismo de incentivo à municipalização da Ensino Fundamental e de reconhecimento a gestores que investem em redes públicas de qualidade - em contraposição à ideia da criação de escolas-modelo. O Instituto também trabalha para inserir o tema na agenda pública de debate por meio de publicações como o livro Repensando a Educação Brasileira - o que fazer para transformar nossas escolas.

 

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Educação baseada em evidências

A educação baseada em evidências é um movimento formado por pesquisadores, instituições e gestores que defendem o uso de critérios científicos rigorosos e o exame das melhores práticas como base para a tomada de decisões em todos os níveis da educação, da sala de aula aos gabinetes ministeriais. Desde sua criação, o Instituto Alfa e Beto pauta sua atuação pelas evidências e estimula a elevação do nível do debate para que seja feito com base em evidências.

O Instituto defende:

  • A elevação de padrões para periódicos e publicações na área de educação, de forma a elevar o nível de qualidade da pesquisa e das instituições formadoras na área.
  • A elevação do nível de debate sobre educação na academia, instituições da sociedade civil, pelo empresariado e pela imprensa.
  • Que o Ministério da Educação limite o repasse de recursos voluntários a projetos e programas que sejam baseados em evidências e associados a avaliações rigorosas.

Desde sua fundação, todas as ações e práticas do Instituto Alfa e Beto baseiam-se em evidências robustas e todas as suas publicações refletem essa postura. Anualmente, o Instituto promove um Seminário Internacional para trazer ao Brasil as evidências científicas mais robustas, atualizadas e compartilhadas pela comunidade científica internacional sobre temas de interesse para o país e, na ausência delas, as melhores práticas. O Instituto também trabalha na difusão do conceito de educação baseada em evidências através de colaborações com a imprensa. Confira ao lado essas contribuições.

 

Clique abaixo e confira as nossas principais contribuições.

Linha do Tempo

Uma década trabalhando pela melhoria da educação no Brasil. É isso que celebra este ano o Instituto Alfa e Beto. São dez anos de existência contribuindo para elevar a qualidade do debate educacional e desenvolvendo estratégias inovadoras e eficazes que já impactaram a vida de mais de 2,5 milhão de crianças em todo o país, milhares de educadores e centenas de redes de ensino.

Compartilhamos nossa história com todos que fizeram parte de nossa trajetória na forma de apoio, parceria ou colaboração.

Navegue pela linha do tempo abaixo e relembre conosco nossas principais atividades ao longo dos últimos 10 anos:

2006 a 2016
Materiais de Ensino
Programas
Livros e
Publicações
Eventos e
Parcerias
 

Resultados

A maioria dos resultados retratados aqui são baseados na Prova Brasil. Eles mostram – de maneira cabal – os avanços que se pode obter quando a implementação se faz de forma adequada. No entanto, o Instituto Alfa e Beto salienta que não detém o controle da implementação de seus Programas. Por essa razão nem todas as intervenções produzem resultados igualmente elevados e/ou significativos.

Outros dados fazem parte de pesquisas que estão em fase de conclusão ou de publicação. Todos os dados são públicos e o leitor interessado poderá encontrar informações adicionais nos links ou mediante consulta ao Instituto Alfa e Beto.

Conforme demonstrado, os resultados são significativos e consistentes nas mais diferentes circunstâncias e regiões do país, contribuindo para promover mudanças importantes na educação de centenas de municípios e de centenas de milhares de crianças. Analisados separadamente ou em conjunto, os dados demonstram que os resultados não ocorreram por acaso. São frutos de intervenções estruturadas que, afinadas com as evidências científicas mais robustas, marcam a trajetória do Instituto Alfa e Beto.

Clique nas bandeiras para saber mais:

Depoimentos

Ao longo da última década, o Instituto Alfa e Beto contou com a colaboração de importantes nomes da educação no mundo para manter-se atualizado e compartilhar com sua rede de colaboradores e parceiros as mais robustas evidências científicas em diferentes campos. Confira abaixo o que dizem alguns deles sobre o trabalho do Instituto:

Clique na foto para ler o depoimento.

  • Adele Diamond

    Adele Diamond

    University of British Columbia

    Eu tenho ótimas lembranças da minha visita ao Instituto Alfa e Beto sua equipe, especialmente João Batista Oliveira. Há muitos esforços no mundo para melhorar programas de Primeira Infância, mas poucos foram tão bem pensados, bem executados e com tanto sucesso como o Instituto Alfa e Beto. Espero que o Instituto possa se espalhar para todo o Brasil e além.

  • Áine Hyland

    Áine Hyland

    University College Cork

    Apesar dos muitos desafios semelhantes enfrentados pelo Brasil e pelo Instituto Alfa e Beto durante os últimos dez anos, é animador saber que o Instituto continua contribuindo para a reforma educacional no Brasil. Isto é, em grande medida, devido ao compromisso, trabalho duro e entusiasmo de sua equipe. Gostaria de prestar homenagem a todos os envolvidos nos trabalhos em curso do Instituto e desejar-lhes sucesso na próxima década.

  • Clermont Gauthier

    Clermont Gauthier

    Université Laval

    O Instituto Alfa e Beto é uma organização interessada em incorporar os resultados da pesquisa na prática educativa a fim de facilitar a aprendizagem do aluno. Meus sinceros parabéns a João Batista Oliveira e a toda a sua equipe para esta grande conquista: dez anos de trabalho duro e de alta qualidade devem ser enfatizados!

  • Daniel T. Willingham

    Daniel T. Willingham

    University of Virgínia

    Envio felicitações entusiasmadas ao Instituto Alfa e Beto por ocasião do seu 10º aniversário! Estou muito orgulhoso de ter sido um visitante e palestrante em um seminário do Instituto em 2011. Na ocasião, vi o trabalho maravilhoso que o Instituto faz para apoiar os professores e ajudar as crianças do Brasil. Esse trabalho tem se tornado mais eficaz e eu desejo mais dez anos de sucesso!

  • David K. Dicknson

    David K. Dicknson

    Vanderbilt University

    Em seus dez anos de existência, o Instituto Alfa e Beto fez importantes contribuições para a educação das crianças mais vulneráveis do Brasil. Estou orgulhoso de ter feito parte do esforço para lançar a Universidade do Bebê e encantado com o alcance da iniciativa, que agora está atingindo bebês, crianças e seus pais com livros e, mais importante, com a mensagem fundamental de que os pais precisam ler e conversar com seus filhos. Estou ansioso para ver os quais avanços serão possíveis na próxima década.

  • Frank Ramus

    Frank Ramus

    Ecole Normale Supérieure

    Fiquei entusiasmado em participar do seminário organizado pelo Instituto Alfa e Beto e ver a grande motivação dos professores em aprender sobre melhores práticas e levar as políticas educacionais adiante.

  • Jacqueline Barnes

    Jacqueline Barnes

    University of London

    O Instituto Alfa e Beto deve ser elogiado por seu esforço em elevar a qualidade da Educação Infantil e por oferecer uma oportunidade para que educadores e acadêmicos da Primeira Infância se unam de uma maneira tão estimulante. Estou certa de que os seus próximos dez anos levarão à mais inovação e serão de grande importância para as crianças do Brasil e suas famílias.

  • James Garbarino

    James Garbarino

    Loyola University Chicago

    Em seus dez anos de atuação, o Instituto Alfa e Beto tornou-se uma voz de liderança para as crianças no Brasil. Ao reunir conhecimento atualizado do desenvolvimento da criança e atores políticos, o Instituto serve à importante função de elevar a qualidade do debate público. Esta é uma realização intelectual essencial.

  • Jean Émile Gombert

    Jean Émile Gombert

    European University Institute

    A educação é tão vital para a saúde das nações como os remédios o são para a saúde dos indivíduos. E se a investigação científica é a responsável pelos grandes avanços da medicina, a melhoria da educação e do ensino também depende da incorporação dos resultados da investigação científica sobre o desenvolvimento e a aprendizagem. Tais resultados são a base da educação baseada em evidências. É este o caminho que as nações - uma após a outra - têm adotado, comprovando sua eficácia por seu desempenho nos testes internacionais. O Instituto Alfa e Beto tem engajado o Brasil neste caminho. Tive o privilégio de participar da concepção de um projeto do Instituto. Projeto este que agora cresce e o desenvolvimento do imenso capital humano brasileiro depende de sua generalização. Assim, o Brasil poderá se firmar entre as grandes potências mundiais. Educação não é uma despesa, mas um investimento.

  • José Morais

    José Morais

    Université libre de Bruxelles

    Perfazem-se em Setembro de 2016 quarenta anos do meu envolvimento nas questões da leitura e da escrita e da sua aprendizagem, sobretudo no quadro da pesquisa científica, mas também, algum tempo mais tarde, na França, em Portugal... e no Brasil. Digo isto para que não seja considerada como leviana ou injustificada a minha afirmação de que não tive conhecimento, em relação a qualquer desses países (ou outros), de uma iniciativa e de uma realização tão impressionante e tão exitosa como o Instituto Alfa e Beto.

    Tem havido muitas outras iniciativas. Felizmente!, dada a incapacidade ou a má vontade de muitos governos para dar educação de qualidade – incluindo a sua primeira condição: alfabetização –, a todas as crianças, a todos os alunos do ensino fundamental. No entanto, o Instituto tem uma característica única. Projeto individual, o Instituto não foi e não tem sido dirigido a crianças da classe média alta que podem ter acesso a escolas particulares onde recebem boa formação, mas às escolas do povo brasileiro, às escolas públicas, sobretudo as municipais.

    O Instituto é, de fato, uma obra como nunca encontrei ou soube existir em qualquer outro país. Tive a honra e o prazer de colaborar com o IAB em muitas ocasiões, sobretudo conferências e seminários em várias capitais estaduais, e recordo-me muito bem do ambiente receptivo, caloroso e vontade de aprender e discutir daquelas assembleias de professoras (e alguns professores) entusiastas. Com essa disposição, com essas potencialidades, se elas fossem aproveitadas como deveriam pelas autoridades educacionais, o Brasil não teria só 5% de bons leitores! Mais importante do que essas minhas intervenções, orgulho-me de ter contribuído sugerindo ao IAB que convidasse grandes especialistas como Stanislas Dehaene, Michel Fayol, Xavier Seron, Johannes Ziegler e Franck Ramus.

    Pude também, em várias ocasiões, encontrar as equipes do Instituto. Quero dirigir-me aqui diretamente a elas e eles: o Instituto deve imenso a vocês, e através do IAB, são as crianças e os jovens brasileiros que se podem sentir gratos (eles nem o sabem, mas estariam se o soubessem) pela vossa atividade, capacidade, energia, dedicação e compreensão da importância do papel de vocês.

  • Kaspar Burger

    Kaspar Burger

    Université de Genève

    Com muita honra fui palestrante do Seminário de 2012 do Instituto Alfa e Beto, quando pude testemunhar o grande compromisso do Instituto com a melhoria da prática e da política educacional da Primeira Infância no Brasil. Há algum tempo estabeleceu-se que a educação é um ingrediente indispensável para o bem-estar e a prosperidade de qualquer sociedade. No entanto, é relativamente recente a consciência de que a educação pode ter uma influência particularmente positiva e duradoura sobre o desenvolvimento de uma criança no início de sua vida. Portanto, é importante que atores, como o Instituto Alfa e Beto, continuem seu trabalho servindo como difusores do conhecimento e fornecendo orientações para os profissionais, bem como para os tomadores de decisão que concebem e implementam programas educacionais.

  • Lee Sing Kong

    Lee Sing Kong

    University of Singapore

    Em comemoração ao 10º aniversário do Instituto Alfa e Beto gostaria de transmitir os meus mais sinceros parabéns. Pude conhecer o Instituto em maio de 2016. Em conversas com o presidente João Batista Oliveira, pude entender como o Instituto avançou tão rapidamente em apenas dez anos, especialmente na área de formação de professores. A equipe é dedicada, apaixonada, voltada para o futuro e sempre pronta a aprender com os outros. Todos estão comprometidos em garantir que seus programas estejam baseados em evidências científicas. Eles desejam contribuir para o desenvolvimento da educação no Brasil através da formação de professores de qualidade. E é assim que se melhora a educação de qualquer país. Meus sinceros votos para os próximos dez anos.

  • LynNell Hancock

    LynNell Hancock

    Columbia University

    Tive a honra de participar dos trabalhos visionários do Instituto Alfa e Beto para ajudar a ampliar o conhecimento dos jornalistas de educação do Brasil e promover a importância de se conectar investigação jornalística e políticas educacionais. Conheci alguns dos maiores jornais e organizações de mídia do país e me impressionei com a paixão dos jornalistas brasileiros pelo assunto e a vontade de fazer uma cobertura mais substancial. Isso tornou mais evidente para mim a importância do trabalho do Instituto Alfa e Beto em melhorar a compreensão do público sobre saúde e aprendizagem das crianças. Meus parabéns sinceros pelos seus dez anos de atuação e que venham muitos mais anos e realizações.

  • Nuno Crato

    Nuno Crato

    Universidade de Lisboa, ex-Ministro da Educação

    Tive a honra e o privilégio de colaborar com o Instituto Alfa e Beto numa série de conferências em que percorremos muitas capitais do Brasil. Em todos os locais pude testemunhar a capacidade de organização do Instituto, a simpatia com que era recebido pelos professores e a originalidade das intervenções. O Instituto e o seu fundador, professor João Batista Oliveira, têm sido uma voz crítica e interventiva, pugnando por um ensino mais bem organizado, com metas mais claras e exigentes. Mas não se têm limitado a uma intervenção crítica. O Instituto, o seu fundador e os seus colaboradores têm-se tornado num fator interventivo e construtivo, em prol de um ensino melhor, que ajude a construir o Brasil moderno.

  • Peggy McNamara

    Peggy McNamara

    Bank Street College of Education

    No verão de 2012 passei duas semanas intensivas com os ‘coaches' de Primeira Infância do Instituto Alfa e Beto. Juntos, examinamos os conhecimentos, competências, estratégias e disposições que eles precisam para treinar educadores em uma variedade de configurações no Brasil. Com muita atenção às teorias do desenvolvimento da criança, observação, linguagem, cultura e currículo, nós nos debruçamos sobre o processo de coaching que precisava ser desenvolvido para gerar impacto na vida das crianças, famílias e educadores. Ao passar um tempo com a equipe em sala de aula, nas escolas e até nas refeições diárias eu pude perceber o impacto que o Instituto Alfa e Beto estava promovendo sobre a vida das crianças, suas famílias e seus professores. Serei eternamente grata pela oportunidade de compartilhar meus conhecimentos, habilidades e estratégias porque recebi muito em troca. Felicito o Instituto Alfa e Beto para os seus dez anos de inovação e compromisso.

  • Perry Klass

    Perry Klass

    New York University

    Muitos, muitos parabéns pelo seu 10º aniversário!

    Foi um privilégio passar um tempo com você no Brasil e ver os diferentes lados de sua visão sobre a alfabetização e os muitos parceiros - desde a comunidade acadêmica, passando pelos educadores, cuidadores, profissionais até os líderes políticos - que se juntaram a você para trabalhar pela Educação Infantil, alfabetização e sucesso educacional. Foi uma grande oportunidade discutir o modelo do programa Reach Out and Read de leitura em voz alta nos cuidados pediátricos primários com as pessoas do Instituto Alfa e Beto que desejam levar esse conhecimento para as crianças do Brasil.

  • Rebecca Treiman

    Rebecca Treiman

    Washington University in St. Louis

    Gostei da oportunidade de palestrar em Teresina (PI), em parceria com o Instituto Alfa e Beto. Os muitos educadores que participaram do seminário ficaram felizes com a oportunidade de ouvir um visitante do exterior. Espero que eu tenha sido capaz de transmitir-lhes algumas das pesquisas emocionantes que estão sendo feitas sobre como as crianças aprendem a ler e soletrar. Envio meus sinceros votos de sucesso ao Instituto Alfa e Beto.

  • Richard Murname

    Richard Murname

    Harvard University

    Felicito o Instituto Alfa e Beto em seu 10º aniversário . Gostei muito da minha visita ao Brasil, quando me reuni com educadores que trabalham em parceria com o Instituto. Fiquei impressionado com o compromisso do Instituto com a melhoria da educação brasileira e pela criatividade e seriedade de suas estratégias. Não existe trabalho mais importante do que ensinar as crianças e os esforços do Instituto para fazer este trabalho mais eficaz são louváveis. Desejo ao Instituto Alfa e Beto e a seus muitos colaboradores todo o sucesso nos anos que estão por vir.

  • Roger Beard

    Roger Beard

    Universidade de Londres

    Trabalhar em parceria com o Instituto Alfa e Beto foi um dos pontos altos da minha carreira. Há muitos anos tenho o compromisso de melhorar o desempenho das crianças em leitura e escrita e tenho pesquisado e publicado extensamente sobre o assunto no Reino Unido. E diversas características marcaram minhas experiências com o Instituto. Em primeiro lugar, fiquei impressionado com a determinação em melhorar o desempenho dos alunos e aumentar suas chances de sucesso na vida. Em segundo lugar, conheci o compromisso do Instituto em usar evidências científicas produzidas em todo o mundo sobre ensino e aprendizagem eficaz. Em terceiro lugar, me surpreendeu ver que o trabalho do Instituto se extende à produção de livros e materiais que irão encantar os alunos e adicionar prazer e propósito a sua aprendizagem. Finalmente, pude ver em primeira mão que o Instituto Alfa e Beto está baseado em uma grande visão. Foi um privilégio trabalhar com o Instituto e desejo-lhe todo o sucesso nos anos que estão por vir.

  • Stanislas Dehaene

    Stanislas Dehaene

    Collège de France

    Há muitos anos, o Instituto Alfa e Beto lidera o caminho da educação no Brasil. Durante minhas visitas, me impressionava constantemente a inteligência da proposta dos programas para alfabetização e matemática, seu pragmatismo e atenção às variáveis cognitivas que sabidamente influenciam na velocidade da aprendizagem. Só posso desejar que as iniciativas do Instituto Alfa e Beto se espalhem não só pelo Brasil, mas por outros países.

  • Stephen P. Heyeman

    Stephen P. Heyeman

    Vanderbilt University

    O Brasil tem uma longa história de problemas educacionais, mas enquanto as escolas e faculdades de formação de professores nos Estados Unidos ficaram paralisado por uma guerra sobre o ensino da leitura (palavra inteira x fonemas), o Brasil tem feito progressos extraordinários na alfabetização. A questão é por quê. A resposta inclui o Instituto Alfa e Beto, um recurso educacional não-governamental empregado por escolas quando surge a necessidade. O Instituto alfabetiza eficaz e eficientemente. Eu tenho o prazer de ter colaborado com esta organização extraordinária.

Os próximos 10 anos

A história educacional do Brasil não justifica muita euforia a respeito de possíveis mudanças de cenário. O país continua desigual e ineficiente – e a educação é parte deste contexto. Mudanças relevantes poderão ocorrer na medida em que as elites – especialmente as elites empresariais e/ou outros grupos sociais – inclusive as elites intelectuais, a classe média, os sindicatos e organizações sociais independentes – unirem forças em torno de um projeto comum. Trata-se de um esforço descomunal, para o qual ainda não surgiram lideranças com adequada capacidade de mobilização.

Na publicação Repensando a Educação Brasileira – o que fazer para transformar nossas escolas apresentamos uma análise da realidade educacional brasileira e ideias para uma reforma educativa. Na expectativa de contribuir para viabilizar as condições para iniciar um processo de mudança nessa direção o Instituto Alfa e Beto elaborou seu plano estratégico para os próximos 10 anos.

Instituto Alfa e Beto: os próximos 10 anos

O início deste novo ciclo é marcado por novidades. A primeira delas é uma mudança em nossa logomarca, que ressurge com aparência mais sóbria e moderna, características marcantes do Instituto.

Fruto de um processo de reorganização, o Instituto Alfa e Beto também passa agora a contar com mais duas unidades distintas que continuam e renovam nossas tradições: o IDados, comprometido na promoção e qualificação do debate educacional, e o Alfa e Beto Soluções, responsável pelo desenvolvimento e implementação de soluções pedagógicas em redes de ensino e instituições parceiras. Ambas passam a trabalhar de forma independente, porém colaborativa.

O IDados concentrará parte de seus esforços na disseminação de análises educacionais sobre questões fundamentais para o avanço da educação no país. IDados dá continuidade ao pioneirismo que marca o Instituto Alfa e Beto desde sua fundação, agregando inteligência aos dados e informações essenciais para elevar o patamar da discussão pública e na difusão do conceito de educação baseada em evidências. Nessa vertente publica o Boletim IDados da Educação, publicação mensal que analisa diferentes facetas da educação numa linguagem técnica porém acessível e familiar ao mundo empresarial.

Na vertente acadêmica, o foco do trabalho do IDados se concentrará no estudo das relações entre educação e produtividade. Entendemos que a sociedade brasileira e muitos daqueles que ocupam posições influentes ainda não despertaram para o enorme desafio que precisa ser vencido na educação e aspiramos contribuir para transformar essa situação. Por isso, olhamos a educação sob uma perspectiva ampliada, avaliando seu impacto na economia, no desenvolvimento dos recursos humanos e na sua relação com a produtividade do trabalhador brasileiro. Por outro lado, consistente com a tradição do Instituto, também vamos desenvolver e patrocinar pesquisas em áreas em que o Instituto desenvolveu competências específicas, particularmente na Primeira Infância.

O Alfa e Beto Soluções continuará responsável por coordenar programas de ensino, estratégias e aplicativos desenvolvidos pela equipe do Instituto – o que continuará sendo realizado com base nas evidências científicas sobre o que realmente funciona em educação, e visando o sucesso do aluno na escola e na vida. Com atuação em todo o território nacional, nossos resultados ao longo dos últimos 10 anos foram validados por diversas avaliações internas e externas. O Alfa e Beto Soluções nasce comprometido com as demandas do século XXI e alinhado com as necessidades digitais dos novos tempos.

Novos sites

Como resultado de nossa nova organização, lançamos em fevereiro deste ano dois novos sites. No site do Instituto Alfa e Beto, encontra-se um grande acervo de artigos, e-books e reportagens, além das publicações de IDados e outros materiais que visam a disseminação de conhecimento ligado a questões como currículo, PNE, alfabetização, ensino médio, dentre outros.

Já no site do Alfa e Beto Soluções estão disponíveis informações completas sobre todas as nossas soluções educacionais – Programas, Coleções, ferramentas digitais e livros de apoio às atividades e formação do professor. Por meio do site é possível entrar em contato com a equipe do Alfa e Beto Soluções, bem como realizar compras em nossa loja virtual.

Em nossas diferentes frentes de atuação, temos um único objetivo: melhorar a educação no Brasil, garantindo que toda e qualquer criança tenha a oportunidade de desenvolver integralmente todo seu potencial. Tendo sempre como foco o aluno, nossa base é sempre a mesma - a Ciência. Educação baseada em evidências é o nome do jogo.

É nisso que acreditamos. É assim que trabalhamos. Junte-se a nós!

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